Excomungado!: trajetória e pensamento do Pe. Dr. Joaquín Sáenz y Arriaga

Se te perguntassem quais seriam as chances de que um jesuíta maldosamente internado por seus superiores liberais, excomungado por um cardeal, que morreu pobre e rodeado de poucos amigos pudesse ter todas as suas obras reeditadas 50 anos após a sua morte?

Convidamos os leitores que conheçam a vida do Reverendo Padre Joaquín Saenz y Arriaga. Um incansável sacerdote que desde muito antes da Revolução Conciliar empreendia a sua luta contra-revolucionária, inspirando a chama do catolicismo nos corações da juventude mexicana e sendo uma imparável pedra no sapato dos liberais e modernistas de seu tempo (e do nosso!).

Doutor Catedrático pela Faculdade Gregoriana de Roma (do tempo em que esse título ainda valia alguma coisa), escritor, jornalista, contra-revolucionário, ativista, e um dos principais autores do Magistral “Complô Contra a Igreja” e, acima de tudo, um exemplo de sacerdote da Igreja Católica. Modelo de vida, não somente enquanto padre, mas de santificação por meio do combate católico. Não somente um padre, mas um soldado santo com a sua pena e escrita.

Padre Saenz y Arriaga foi expulso da Igreja em que cresceu, simplesmente por ter mantido a fé intacta que desde criança aprendeu. No ano de 1972, enquanto o movimento tradicional ainda engatinhava e procurava o seu norte, Padre Arriaga recebeu a glória da Excomunhão pelos inimigos da fé. Muito antes de Dom Thuc, Dom Lefebvre e Dom Mayer, Don Joaquín Saenz y Arriaga já não pertencia mais a seita conciliar que se apoderou das estruturas católicas.

Mais douto do que quase todos os tradicionalistas da década de 60, Padre Arriaga sofria de uma desvantagem: Não era rico, e nem europeu. Enquanto o Velho Continente ainda se debatia com artigos especulativos, Padre Arriaga erguia um monumento intelectual do outro lado do Atlântico. La Nueva Iglesia Montiniana (1971) Cisma ó fe?: Por qué me excomulgaron? (1972) Sede Vacante: Paulo VI no es Papa legítimo! (1973) são os livros de sua autoria que já traziam a luz…